
Meu nome é Luana Funck, eu tenho 29 anos, trintando esse mês. Eu sou natural de Ijuí, do interior e vim pra Porto Alegre tem 9 anos, vim cursar Direito. Sou formada em Direito, advogada por profissão, nada a ver com a área artística. Na verdade, agora eu tô me apaixonando cada vez mais pela área artística, fotografia e marketing. Tanto que eu comecei a fazer um cursinho de marketing e estratégia pra ir entrando mais nesse meio.
E sobre a fotografia, eu sempre gostei muito de fotografar qualquer coisa, mas qualquer coisa com exceção de estúdio e evento. Eu gosto de uma coisa mais ao ar livre, comida, pessoas, cotidiano, tumulto… Não tenho um padrão, sou totalmente amadora, mas eu vejo alguma coisa e penso “nossa, dá uma foto aqui”. Eu tenho até um instagram só de fotografias, bem aleatórias, e o pessoal de fotografia de casamento me segue e eu penso “gente, não vou seguir de volta porque não é isso que me toca”. Meu negócio é mais autoral, que é uma coisa que eu gosto, nada pra atender o critério das outras pessoas.
Nítida: Mas que legal, né, formada em direito e faz fotografia.
Luana: E é o que eu amo, amo muito.

N: Tu percebes alguma discriminação por ser mulher na fotografia? Alguma situação machista quando estás fotografando na rua?
L: Não, isso não vivenciei. Até porque o negócio é bem amador, acho que ninguém vê que eu gosto disso. Mas eu já fui em muitas palestras gratuitas em Porto Alegre, nessas escolas de fotografia, tenho procurado ir. E ouvi relatos que sim, que as mulheres sentem que há um mundo mais machista na fotografia. Eu nunca passei por nenhuma situação.
N: Ah, que bom né.
L: Que bom.
N: E o que tu entendes por feminismo e tu te consideras feminista?
L: É que eu acho que existe tipo, o feminismo que é o que eu me considero, que é uma coisa mais tranquila, acho que tem um lado que é mais agressivo, na minha opinião assim. Tem algumas mulheres que, como o homem quer impor, também tem mulher que quer impor entendeu, mas eu não concordo com coisas tipo “Vocês vão ter que me engolir” entendeu? Não sei também se não é minha impressão. Mas eu não tenho preconceito com nada, eu só acho que não precisava tanto, sabe.
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