Abertura da exposição Nítida – qual o nosso lugar agora, se não é o mesmo de antes?

Qual o nosso lugar agora, se não é o mesmo de antes?

Começamos, como grupo, em um momento de pouco diálogo sobre feminismo e protagonismo de mulheres na produção de imagens. Com o passar do tempo, houve um crescimento rápido do movimento feminista atual, que tomou força nas redes sociais e criou um espaço fecundo para o surgimento de vários grupos focados no debate sobre mulheres e fotografia. Agora, buscamos refletir sobre qual o nosso lugar nessa conversa que está efervescente e tende a crescer. O espaço para diálogo está aberto e as mulheres estão unidas. Qual o próximo passo?

Falamos sobre o nosso lugar como coletivo e também como indivíduos, como mulheres. A mulher sempre teve o seu lugar muito bem delineado para o bom funcionamento da sociedade. Como diz Michelle Perrot, “Em muitas sociedades, a invisibilidade e o silêncio das mulheres fazem parte da ordem das coisas. É a garantia de uma cidade tranquila. Sua aparição em grupo causa medo.” Medo e desconforto são palavras companheiras das mulheres durante toda sua vida. Mas o medo que provocamos é diferente, é o medo da mudança.

A arte é conhecida por ser local de contestação e política durante a história da humanidade. Ocupamos este espaço para falar de nossos incômodos, nos autodenominando como artistas feministas, algo que por muitas vezes é considerado um estigma. No mundo da arte, existe um excesso de imagens sobre as mulheres, mas que imaginário é este que está representado? Nosso objetivo como produtoras de imagens é sair da condição primária de espectadoras de histórias contadas sobre nós, para contar nossas próprias histórias.

Como coletivo, buscamos mostrar a importância histórica e atual, muitas vezes deixada de lado, das mulheres fotógrafas. Como artistas, falamos de nossas experiências pessoais que estão conectadas com a vivência de mulheres que podem estar muito distantes de nós. Ao traduzir essas ideias através da fotografia, seja no momento do clique ou através da apropriação de imagens, surge a exposição “Nítida – qual o nosso lugar agora, se não é o mesmo de antes?”.

Serviço:
Exposição “Nítida – qual o nosso lugar agora, se não é o mesmo de antes?”
Abertura: 8 de março | de 19h a 22h
[bar com Cerveja Macuco]
Encerramento: 18 de maio
Visitação: segunda a sexta de 14:30 a 21h | sábados de 9h a 12h
Apoio: Casa Baka


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