
Martine Franck (1938-2012) foi uma fotógrafa Belga criada entre Estados Unidos e Londres. Membro da Agência Magnum, Martine ficou conhecida por fazer retratos, reportagens documentais e registrar cenas cotidianas.
Martine estudou história da arte na Universidad Complutense de Madrid e na L’École du Louvre. O interesse pela fotografia se manifestou em uma viagem ao Oriente quando com sua Leica passou a registrar cenas que despertaram sua atenção. Ao retornar a Paris, em 1964, mostrou as imagens para Time/Life e foi contratada como estagiária, se tornando assistente dos fotógrafos Eliot Elisofon e Ojon Mill até se tornar fotógrafa independente.
Martine Franck foi casada com Henri Cartier-Bresson, os dois se uniram em 1970. Ter como companheiro um grande nome da época era um desafio para Martine que buscava não desaparecer a sombra do marido. Em 1970, ela teve sua primeira exposição individual em Londres. Nos convites do lançamento estava escrito que Henri Cartier-Bresson estaria presente, o que fez com que ela cancelasse o evento.
Martine Franck trabalhou como freelancer para publicações como a Life, Fortuna e Vogue. Na Vogue realizou uma série de retratos de mulheres, além de fotografar escritores e pintores. Martine também se destacou por fazer inúmeras reportagens importantes, como a da Ilha de Tory, localizada na Irlanda, em que fotografou o cotidiano de uma comunidade gaélica.
Franck registrou também o nascimento do Théâtre do Soleil, além de imagens icônicas de cenas cotidianas. Franck dizia que “uma boa foto é aquela que abre sua imaginação, que traz emoção”. Pensamento que se refletia em suas imagens. A fotógrafa tinha como inspirações mulheres como Julia Margaret Cameron, Dorothea Lange e Margaret Bourke-White.
Em 1970, Martine Franck entrou para Agência Vu, dois anos depois se tornou co-fundadora da agência Viva. Em 1983, a fotógrafa se tornou membro plena da agência Magnum. Ela foi uma das poucas mulheres aceitas na época e que, mais tarde, atuou como vice-presidenta. Também foi co-fundadora e presidente da Fondation Henri Cartier-Bresson, em que exerceu um papel essencial ao garantir que a obra do seu marido sobrevivesse.















BIBLIOGRAFIA
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FILMES
What has happened to the American Indians, 1970.
Music at Aspen. Produção Viva Films, 1972.
En compagnie du Soleil. Produção Paris AudioVisuel AFFA, 1982.
Ecrire Contre l’oubli : Mamadou Bâ, Mauritanie. Realização Martine Franck e Henri Cartier-Bresson para Amnesty International, 1991.
Ariane et Compagnie. Realização Robert Delpire e Martine Franck, Produção La Sept-Arte/P.R.V. Béatrice Soulé, 1995.
Tory Island, No treasure Island. Produção Les petits frères des Pauvres. 1996.
Mille enfants vers l’an 2000. Produção Marion Aldighieri, 1997.
Famille Farova, 3 générations de femmes de la République Tchèque. Realização Olivier Koechlin e Martine Franck. Produção Alcatel, para exposição Eurovisions, 2005.
REFERÊNCIAS:
Aaron Sosa Photography
Fondation Henri Cartier Bresson