
Margaret Bourke-White (1904 – 1971) foi uma fotógrafa norte-americana que possui uma marca importante dentro da história da fotografia, pois foi considerada pioneira em diversos segmentos, especialmente por ser uma mulher ocupando um espaço que era majoritariamente masculino. Ela foi a primeira mulher a ocupar o cargo de repórter fotográfica das revistas LIFE e Fortune, além de ter sido a primeira fotógrafa ocidental autorizada a trabalhar em território soviético, na década de 1930.
Em 1927, após estudar em diversas universidade diferentes, ela termina os estudos e, no ano seguinte, abre um estúdio de fotografia comercial. Neste momento seu trabalho estava mais focado em imagens de arquitetura e indústria. As fotografias feitas para um de seus grandes clientes, a Otis Steel Company, deram-na visibilidade nacional.
A fotógrafa teve também trabalhos de destaque dentro do campo jornalístico e documental. Trabalhando em diferentes momentos como freelancer para revistas, ela fotografou a Dust Bowl (tempestade de areia nos Estados Unidos), os anos da grande depressão dos EUA e também viajou para a Europa documentar os países que estavam sob regime nazista e comunista. A revista LIFE, importantíssima publicação para o universo da fotografia, foi lançada em 1936 e Bourke-White assina a fotografia de capa, na matéria sobre o Fort Peck Dam.
Margaret foi a primeira mulher a ter permissão para fotografar nas zonas de combate durante a Segunda Guerra Mundial, o que a tornou a primeira correspondente de guerra do gênero feminino. Outra documentação importante que a fotógrafa realizou na década de 40 foi a Partição da Índia e Paquistão, onde fez a icônica foto de M. K. Gandhi. Em 1949, ela foi para a África do Sul documentar o apartheid e, já no final da carreira, em 1952, ela fotografou a guerra da Coreia.
Durante suas diversas viagens pelo mundo, a fotógrafa estava também documentando a vida das mulheres, através de diversos aspectos. Na Índia e no Paquistão ela fotografou mulheres que começaram a ser ativas em suas novas nações e, na União Soviética, trabalhadoras que exerciam atividade pesada no campo e na indústria. Além disso, ela produziu estudos sobre o árduo ambiente dos mineradores na África do Sul.
Logo após a documentação na Coreia, Margaret teve seus primeiros sintomas de Mal de Parkinson, o que obrigou-a a diminuir o ritmo de trabalho. Em 1971, aos 67 anos, a fotógrafa faleceu em decorrência da doença.























Livros feitos por Margaret Bourke-White
- Eyes on Russia. 1931.
- You Have Seen Their Faces, with Erskine Caldwell. 1937.
- North of the Danube, with Erskine Caldwell. 1939.
- Say! Is This the U.S.A., with Erskine Caldwell. 1941.
- Shooting the Russian War. 1942.
- They Called It “Purple Heart Valley”: A Combat Chronicle of the War in Italy. 1944.
- “Dear Fatherland, Rest Quietly”: A Report on the Collapse of Hitler’s “Thousand Years.” 1946.
- Halfway to Freedom: A Study of the New India in the Words and Photographs of Margaret Bourke-White. 1949.
- A Report on the American Jesuits. 1956.
- Portrait of Myself. 1963.
Livros sobre Margaret Bourke-White
- Sean Callahan, editor. The Photographs of Margaret Bourke-White. 1972.
- Vicki Goldberg. Margaret Bourke-White. 1986.
- Emily Keller. Margaret Bourke-White: A Photographer’s Life. 1996.
- Jonathan Silverman. For the World to See: The Life of Margaret Bourke-White. 1983.
- Catherine A. Welch. Margaret Bourke-White: Racing with a Dream. 1998.
Filme sobre Margaret Bourke-White
- Double Exposure: The Story of Margaret Bourke-White. 1989.
Referências
FRIEDEWALD, Boris. Women Photographers: From Julia Margaret Cameron to Cindy Sherman. Prestel, 2014.
HORWITZ, Margot F. A Female Focus: Great women photographers. Franklin Watts, 1996.
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